O que visitar

Com mais de dois mil anos de história, as Termas de São Pedro do Sul contam já com inúmeros casos de sucesso e onde o regresso anual dos aquistas é uma realidade conseguida. São também as maiores termas a nível nacional e estão entre as maiores e melhores da Europa.
Estas águas medicinais são aconselhadas por vários médicos conceituados, que recomendam o tratamento termal ao invés do recurso ao consumo de medicamentos. A razão é, para além da melhoria significativa da mobilidade e diminuição de dores, a conquista da autonomia e auto-confiança dos doente e a diminuição do consumo de produtos químicos. A opção por um tratamento não agressivo, preventivo e sem efeitos secundários como a cura termal, levará a uma melhoria significativa da qualidade de vida.

O Convento dos Franciscanos ou Convento de São José localiza-se no centro da cidade de S. Pedro do Sul e é composto pela igreja, sacristia e claustros. Mandado construir em 1725, as obras apenas tiveram início em 1751, tendo-se prolongado pela segunda metade do séc. XVIII. As motivações que levaram à sua fundação são invulgares, uma vez que em São José se pretendeu criar uma espécie de hospício, para acolher os religiosos da Ordem Terceira de São Francisco com o objetivo de frequentarem as Termas de S. Pedro do Sul. A igreja destaca-se pela escadaria que a antecede, delimitada por balaustrada na zona do patamar, e pelo cruzeiro que marca o seu início, ainda ao nível térreo. No interior salientam-se os retábulos de talha dourada, sobretudo o da capela-mor, com colunas pseudo-salomónicas, bem como os arcos de volta perfeita dos altares e capelas. Na sacristia a atenção recai sobre o arcaz com espaldar de talha dourada e azul, com pinturas representativas da vida de São Francisco. O claustro divide-se em dois andares e é formado por arcadas de capitéis da ordem toscana, no piso térreo, e por colunas semelhantes mas assentes em suportes quadrangulares com os cantos chanfrados, no segundo piso.

A Igreja de Santo António, em São Pedro do Sul, é um belo exemplar da arquitectura sacra da região. Propriedade da Misericórdia local e implantada em local privilegiado da Vila, junto ao Palácio Reriz, tem uma atractiva fachada de rico estilo barroco português. No interior destaque para os retábulos de estilo rococó de talha dourada e policromada.A fachada principal encontra-se revestida a azulejos.

O Mosteiro de São Cristóvão de Lafões, encontra-se instalado num esporão rochoso sobranceiro ao rio Varoso. A abadia, fundada em 1130-36 por D. João Peculiar e afiliada a Claraval alguns anos mais tarde, terá sido a primeira, ou uma das primeiras abadias cistercienses portuguesas. Totalmente imersa na natureza, é o reflexo da solidez, simplicidade e austeridade, típicas do edificado de Cister. O claustro composto por grossos pilares, o refeitório revestido a azulejo, as tulhas e a monumental escadaria de acesso ao piso das celas, exibem «o gosto pelo belo e pelo sólido» (M. Cocheril) que os monges alimentaram. O atual mosteiro, inteiramente reconstruído nos séculos XVII-XVIII, em sólido estilo toscano, foi adquirido em 1984 pelos atuais proprietários, e escrupulosamente restaurado, dando lugar a uma unidade de Turismo de Habitação que alia o moderno conforto de uma hotelaria de nível ao escrupuloso respeito pela tradição. A Igreja Paroquial, de planta octogonal e com 20 metros de altura, é mais uma demonstração da notável arte de cantaria que caracteriza todo o mosteiro. Aberta por ocasião dos cultos, tem uma admirável Assunção da Virgem, da autoria de Agostinho Masucci. A frontaria da igreja e o seu arco triunfal encontram-se ornamentados com as armas reais e as de Claraval. São ainda de realçar as tábuas quinhentistas que ladeiam uma fuga para o Egito a sobrepujar um relicário contendo ossos de João Cirita, que terá sido prior do primitivo mosteiro. Nas proximidades pode ser visitada uma capela hexagonal, datada de 1674 e dedicada à Senhora da Boa Morte.

O Palácio do Marquês de Reriz foi mandado construir por um dos fundadores da Real Companhia dos Vinhos do Alto Douro, D. Diogo Francisco de Almeida e Vasconcelos, no primeiro quartel do séc. XVIII. A rainha D. Amélia, que frequentou as Termas de S. Pedro do Sul no final do séc. XIX, hospedou-se por diversas vezes neste solar. De arquitetura barroca apresenta planta em U, com uma colunata de capitéis dóricos no pátio interior. As longas fachadas desenvolvem-se num único plano, de decoração contida, destacando-se mais exuberância ao nível do andar nobre. Na década de 90 do séc. XIX, o Palácio beneficiou de algumas intervenções, de forma a receber a rainha D. Amélia e a vasta corte que a acompanhava. Nesta época, o palácio era designado por Paço Real de São Pedro do Sul. Graças às inúmeras estadias da família real neste palácio, o seu património foi progressivamente enriquecido, sendo constituído por importantes coleções de pintura, cerâmica e mobiliário.

O Lenteiro do Rio é uma zona de recreio e lazer, com jardim, que se situa na confluência do rio sul com o rio Vouga, à cota mais baixa do município de S. Pedro do Sul. Envolvido por um cenário de tranquilidade e beleza, o parque dispõe de uma extensa área de passeio, descanso e recreio, com árvores de grande porte, uma refrescante levada e um parque infantil. Com alguma frequência organizam-se neste espaço, eventos e atividades de animação turística, desportiva e cultural.

A antiga estação ferróviária de São Pedro do Sul é hoje um centro de artesanato e loja de produtos locais, com uma oficina de tecelagem, onde trabalham quatro tecelãs, e uma cozinha onde se produzem verdadeiras delicias. Neste espaço, aberto diariamente, podem encontrar-se azulejos, louça, objectos em madeira e ainda os doces, folares, e licores aqui produzidos.

O Bioparque de Carvalhais localiza-se em plena serra da Arada, no município de São Pedro do Sul. Trata-se de um espaço privilegiado de contacto com a natureza onde o visitante tem a possibilidade de praticar desporto aventura, explorar a natureza, ou simplesmente relaxar! No que diz respeito ao desporto aventura são inúmeras as atividades que se podem realizar, nomeadamente slide, arvorismo, BTT, rappel, canoagem, orientação, caça ao tesouro, jogos tradicionais ou percursos pedestres. Para os que gostam de explorar a natureza, o Parque Florestal do Pisão, no qual se insere o Bioparque, é o local ideal para observar e interpretar a vida selvagem. Para relaxar o Bioparque disponibiliza bungalows, casa de montanha e zona de acampamento. Durante a época balnear é possível desfrutar do agradável ambiente das piscinas do Bioparque, e mergulhar nas suas águas refrescantes que brotam do interior da serra da Arada. No Bioparque é possível visitar treze moinhos recuperados ao lado dos quais correm as águas serenas de uma ribeira com cascatas e lagoas naturais.